Bactérias do bem

Você sabia que, além dos benefícios ao trato intestinal, os probióticos podem contribuir também com a saúde da pele, especialmente em relação à acne? Então confira o post completo!

Sabemos que o corpo humano não é um sistema autossuficiente e sim um ecossistema ultracomplexo contendo trilhões de bactérias e outros micro-organismos que habitam nossa superfície, pele, boca, órgãos sexuais e especialmente os intestinos. Esses micro-organismos são benéficos ao nosso corpo e ajudam a nos proteger contra doenças, metabolizando alguns nutrientes, neutralizando drogas e carcinógenos, e, principalmente, modulando a motilidade intestinal.

Já começamos a falar de alguns desses micro-organismos no post anterior: os próbióticos, que ajudam a controlar desarranjos intestinais e a melhorar a capacidade do organismo em absorver nutrientes dos alimentos.

Mas você sabia que os probióticos podem ser benéficos também para a pele, especialmente em relação à acne?

Essa história começou em 1930, quando dois dermatologistas americanos, John Stokes (1885-1961) e Donald Pillsbury (1902-1980), notaram que a microbiota intestinal – o conjunto de bactérias que habitam parte do sistema digestivo – e a saúde da derme estão intimamente entrelaçadas. A partir daí, sugeriram que povoar o intestino com bichinhos do bem poderia afastar problemas no tecido cutâneo.

Em 1961, foi realizado o primeiro estudo formal sobre o assunto no Union Memorial Hospital de Baltimore, nos Estados Unidos. Na ocasião, 300 indivíduos com acne tomaram suplementos recheados de probióticos e apresentaram 80% de melhora na aparência da superfície corporal. Uma outra pesquisa, publicada no periódico americano Nutrition, revelou que os participantes que ingeriram leite fermentado por 12 semanas produziram menos sebo e, consequentemente, tiveram menos erupções cutâneas.

De lá para cá muito se tem investigado sobre o assunto em congressos científicos. Os próbióticos ganham vantagem porque quase não têm efeitos colaterais em relação a alguns medicamentos utilizados para tratar acne. Mas os próbióticos sozinhos não fazem milagres. Podem ser utilizados, mas como coadjuvantes, em conjunto com os tratamentos convencionais. E sempre com a orientação de um médico dermatologista.  

De qualquer forma, ter mais um aliado no combate à acne é uma notícia incrível para tantos jovens e adultos que sofrem com as espinhas e com as marcas que elas deixam.

Mas não é só para a redução da acne que os probióticos são bons. Ao que tudo indica, eles também ajudam a enfrentar outros problemas cutâneos, como a dermatite atópica e a rosácea, condição na qual o rosto fica bem avermelhado.

Seja no iogurte, no leite fermentado, ou ainda em cápsula, esses micro-organismos do bem são aliados do equilíbrio e do bem-estar do nosso organismo. Converse com o seu dermatologista!

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