Biotecnologia a serviço da vida
No lugar de uma cobaia temos uma pele reconstruída em laboratório, o que pode dar fim aos testes em animais. Bom, né? Eu conheci um centro de inovação especializado nesse assunto e te conto neste artigo.

Uma das questões mais abordadas quando se fala em testes de laboratório de produtos cosméticos está relacionada ao uso de animais. A sociedade não aceita mais como normal, corriqueiro, o uso de animais em testes de laboratório porque em boa parte dos casos configura-se crueldade. E é muito triste imaginar – no caso específico dos cosméticos – um produto que se propõe a promover a beleza e a autoestima ser feito à base de crueldade.
Pele reconstruída no lugar de cobaias
Por isso, há muito a indústria busca soluções alternativas ao uso de animais em laboratórios. Como os avanços tecnológicos obtidos pelas pesquisas do setor nas últimas décadas já se pode fazer testes com epiderme humana reconstruída (RHE), a partir de técnica exclusiva de cultivo celular que permite produzir modelos in vitro de tecidos humanos reconstruídos em volumes industriais, com histologia, funcionalidade e ultraestrutura bem caracterizadas. Esses tecidos representam um grande avanço e uma solução para substituir os testes em animais.
O melhor de tudo é que essa tecnologia, já utilizada na Europa, agora está bem mais próxima e acessível para a comunidade científica brasileira com a inauguração da filial brasileira da EPISKIN, braço da L’Oréal e líder mundial em bioengenharia de tecidos para métodos alternativos. Eu fui conhecer o centro de inovação da empresa, no Rio de Janeiro, e vi como se produz pele reconstruída e vários tecidos epiteliais sob um controle rígido de qualidade, disponibilizada em diversos países no mundo, não apenas para a Pesquisa & Inovação da L’Oréal, mas também para outras empresas, grupos de pesquisa ou centros de teste.
Diversos laboratórios e outros setores, como os de cosméticos, saneantes, brinquedos, materiais didáticos, farmacêuticos, dispositivos médicos e agroquímicos, entre outros, dispositivos médicos e agroquímicos, entre outros, podem ter acesso a esse método alternativo de testes.
Bom para as pesquisas de produtos inovadores para a nossa pele e bom para os animais. Isso, sim, é inovação!