Quer voltar a ter uma pele lisa e macia? Conheça alguns peelings que podem ajudar a conquistar uma pele de bebê.Quer voltar a ter uma pele lisa e macia? Conheça alguns peelings que podem ajudar a conquistar uma pele de bebê.
Em inglês, peelling significa descamar. Na dermatologia, a palavra é usada para indicar a remoção de algumas camadas da pele, que pode ser superficial (epiderme) ou mais profunda, chegando à derme. A descamação promovida pelo peeling tem o objetivo de renovar as células da pele e estimular a produção do colágeno. Essa renovação celular melhora a aparência de cicatrizes, manchas, estrias, acne, melasma e a textura da pele.
Os peellings podem ser químicos, físico ou até auxiliados por máquinas de laser. O procedimento mais realizado nos consultórios são os pellings químicos onde o dermatologista emprega diferentes tipos de ácidos, de acordo com a necessidade do paciente. Os peelings superficiais precisam ser repetidos, já que a descamação costuma ser fina, enquanto os médios e profundos são realizados em uma única aplicação resultando descamações profundas com a formação de crostas e a necessidade do afastamento de algumas atividades.
A diferença entre os tipos de peeling que são utilizados, está nas camadas de pele que eles podem atingir. Os peellings superficiais atingem somente a camada mais superficial da epiderme, trata-se de uma microdermoabrasão feita com produtos químicos e são indicados para o tratamento da acne, clareamento de manchas e atenuação de rugas finas.
Os peeling médios atingem a primeira metade da derme e gera uma descamação espessa. É muito utilizado para lesões pré-cancerígenas e rugas mais pronunciadas, e exige um afastamento de 7 a 15 dias das atividades.
Já os peeling profundos são mais agressivos e atingem a totalidade da derme. Neste caso, é preciso internação para a realização do procedimento, a troca de curativos diariamente e a recuperação leva em torno de três meses. Apesar do incomodo e tempo de recuperação longo, em relação aos dois primeiros peellings, o resultado desse processo é mais eficaz porque faz uma importante renovação celular atingindo camadas e rugas profundas da pele.
Alguns dos agentes utilizados para a realização dos peelings químicos são:
Fenol – usado para realização de peeling profundo há aproximadamente 100 anos; atinge intensamente a pele; só é indicado para tratar o envelhecimento da face quando existem muitas rugas e a pele é muito clara; o resultado é excelente e duradouro, porém é necessária uma avaliação cardiológica, pelos possíveis efeitos colaterais;
Ácido tricloroacético (ATA) – pode ser combinado com outros agentes para a realização de um peeling médio no tratamento de rugas e cicatrizes;
Ácido salicílico – utilizado para a realização de peeling superficial, com melhora do aspecto da pele, redução das rugas finas e manchas, além de auxiliar no controle da acne;
Solução de Jessner e ácido glicólico – também usados para peeling superficial ou médio (neste caso combinados com o ATA), principalmente para o tratamento de rugas finas, manchas e acne;
5-fuoruracil (5-FU) – combinado com a aplicação prévia da solução de Jessner ou do ácido glicólico para o tratamento de queratoses actínicas múltiplas ou campo de cancerização;
Ácido retinoico – mais usado em creme no tratamento domiciliar do envelhecimento da pele; para peeling é usada uma solução de cor amarelada ou cor de base, com resultados satisfatórios no tratamento adjuvante da acne, melasma e envelhecimento cutâneo.
Para realizar um peeling, o dermatologista precisa fazer uma avaliação rigorosa quanto aos hábitos e problemas de saúde doo paciente. Algumas informações que devem ser levantadas pelo profissional são sobre exposição solar, histórico de herpes, tendência de queloides, oleosidade da pele, grau de envelhecimento, infecções cutâneas, gravidez, fototipo do paciente, tabagismo e doenças cardíacas ou sistêmicas. Essas são informações extremamente relevantes para evolução do procedimento e vão determinar a escolha do peeling pelo médico.
Dra. Simone Neri – DERMATOLOGISTA – CRM 80.919