Obesidade é coisa séria
Especialmente em tempos de quarentena, a ansiedade pode aumentar a tentação de comer uma coisinha aqui e outra ali. Para evitar cair nessa armadilha, estando com sobrepeso ou não, é importante cuidar da saúde com uma alimentação balanceada e atividade física. E se você já chegou no estágio da obesidade, um acompanhamento multidisciplinar é necessário.

Apesar dos esforços dos profissionais, governo e indústria, a prevalência da obesidade continua aumentando. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que até 2025 a obesidade já atinja cerca de 700 milhões de indivíduos.
Segundo dados de 2018 da Organização Mundial de Saúde (OMS), o excesso de peso mata mais do que o câncer. Algumas estimativas indicam que a obesidade é a segunda causa de morte no mundo e já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes, com consequências consideradas devastadoras para a saúde.
O diagnóstico da obesidade é feito por meio do cálculo de IMC (índice de massa corporal/divide-se o peso do paciente pela sua altura ao quadrado). Pacientes com IMC acima de 30 kg/m2 são considerados obesos.
A obesidade é uma condição na qual o paciente possui excesso de gordura corporal, sendo considerada uma doença crônica, ou seja, deve ser tratada por toda a vida.
As causas da obesidade estão relacionadas à má alimentação e ao desequilíbrio entre o consumo de calorias e o gasto calórico, associados ao sedentarismo, porém, a patologia também pode estar ligada a fatores genéticos, psicológicos, desequilíbrios hormonais, hereditariedade e disfunções relacionadas ao sistema endócrino.
Por isso, ao contrário do que muitos pensam, as pessoas com sobrepeso ou obesidade precisam de acompanhamento multidisciplinar, como nutricionista, psicológico, endocrinologista, entre outros especialistas, para acompanhamento e tratamento da doença, pois não existe uma fórmula mágica para a perda de peso.
O tratamento da obesidade envolve mudança no estilo de vida e uma reeducação alimentar, corrigindo os hábitos alimentares errados, aprendendo quais tipos de alimentos devem ser consumidos, de qual maneira e em quais proporções.
Diferente de uma dieta restritiva, na reeducação alimentar o paciente pode consumir todos os tipos de alimento, porém com equilíbrio. Esse processo de reeducação alimentar é feito com a orientação do nutricionista e tem como objetivo não só a perda de peso, mas também melhorar a saúde, qualidade de vida, prevenir e/ou controlar doenças já existentes como a hipertensão e a diabetes.
Vale ressaltar que, quando se trata de obesidade, é essencial consultar um médico especialista, pois ele irá pedir os exames necessários para o diagnóstico e recomendar o tratamento mais adequado para cada caso. Evite a automedicação ou qualquer tipo de dieta restritiva.
Simone Silva
Nutricionista – Clínica Simone Neri