Aproveitando o mês de novembro voltado para a Saúde Masculina vamos falar sobre DAEM?
A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM) popularmente conhecida como “Andropausa”, tem acometido homens cada vez mais precocemente, a prevalência pode chegar a 7% nos pacientes entre 40 e 50 anos, alcançando 35% dos pacientes com mais de 80 anos.
No entanto, homens jovens antes dos 30 anos podem ser acometidos de hipogonadismo sem causa aparente, como compilações da obesidade e sedentarismo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que até́ 2020 a população brasileira contará com mais de 30 milhões de homens acima dos 60 anos e 1/4 desses homens apresentará a DAEM, um quadro de hipogonadismo tardio, devido a um declínio nos níveis de testosterona biodisponível de maneira progressiva e insidiosa.
Os sintomas podem variar desde assintomáticos até́ o aumento da massa de gordura corporal, queda de cabelo e de pelos corporais, perda de massa óssea e muscular (osteoporose), intolerância aos esforços, disfunção erétil e perda de libido.
O seu tratamento requer reposição androgênica por vias intramuscular, diária, semanal, quinzenal ou mensal dependendo da avaliação médica. A reposição também pode ser realizada via cutânea sob forma de gel, e mais recentemente também por via oral.
De acordo com os últimos estudos e apresentações realizadas em congressos, o tratamento da DAEM infere em diminuição do risco de eventos cardiovasculares, do índice de gordura visceral e corporal, menor estresse oxidativo e marcadores de inflamação celular e obviamente da qualidade de vida.
É importante salientar a necessidade de exames prévios e avaliação especializada (Endocrinologista e Urologista) sobre possíveis causas secundárias, contra indicações e tipo de hormônio ideal. Por isso, mesmo que não haja sintomas aparente, é importante que o homem faça um check-up anual.
Dra. Rafaela Cordeiro Corrêa
Endocrinologista
CRM 137.900
