Estrias na Adolescência: causas e principais tratamentos

Estrias são alterações cutâneas muito comuns, assintomáticas, freqüentemente vistas em mulheres entre 5 e 50 anos de idade. Podem causar sofrimento psicológico, particularmente em mulheres e em certas profissões onde a aparência física tem importância significativa

Geralmente ocorrem na adolescência e no período gestacional. Embora, geralmente mais comum em mulheres; estrias fisiológicas atróficas da adolescência são mais comuns no sexo masculino. A fisiopatologia é multifatorial, sendo o alongamento mecânico da pele o mais importante. Apesar da abundância de modalidades de tratamento, nenhuma é 100% eficaz

Na população adolescente, a prevalência relatada varia de 6% a 86%. Em adolescentes do sexo masculino, as nádegas, parte inferior das costas e joelhos são geralmente afetados, enquanto nas mulheres as nádegas, coxas, mamas e panturrilhas são mais frequentemente afetadas

São descritas três teorias principais subjacentes ao desenvolvimento da estria: alongamento mecânico da pele, alterações hormonais e um distúrbio estrutural inato da pele. Postula-se que as estrias resultam de uma reação inflamatória inicial que destrói o colágeno e as fibras elásticas, seguida pela regeneração das fibras colágenas e elásticas na direção imposta por forças mecânicas

Estrias fisiológicas atróficas da adolescência ocorrem principalmente em indivíduos saudáveis ​​e não obesos por volta da puberdade, em associação com o estirão de crescimento na adolescência. Comumente ocorre na região glútea, mamas, coxas, abdome inferior e costas. Estrias associadas ao estirão de crescimento puberal torna-se menos evidente com o tempo e tem excelente prognóstico quando comparado a outros casos de estrias.

Várias opções de tratamento foram relatadas com sucesso variável, de vários tópicos a lasers e dispositivos baseados em energia. No entanto, a maioria das publicações disponíveis são pequenos estudos, relatos de casos e muito poucos estudos duplo-cegos controlados por caso. Apenas alguns deles são comprovados e têm evidências, enquanto muitos outros são elogiados pelos fabricantes de produtos.

Tratamentos tópicos

Os vários agentes terapêuticos tópicos usados ​​para estrias são a tretinoína e o ácido retinóico, que nos casos iniciais, atuam por estimulação de fibroblastos, levando ao aumento dos níveis de colágeno nos tecidos. Estudos descobriram que também é eficaz nas estrias antigas, embora eritema transitório e descamação sejam os efeitos colaterais mais comuns.

Agente tópico usado e mecanismo de ação

1)Tretinoína ou ácido retinóico – Aumenta os níveis de colágeno I do tecido por meio da estimulação fibroblástica

2)Ácido hialurônico – Aumenta a resistência à tração às forças mecânicas

3)Trofolastina (Centella asiatica)- Estimulação de fibroblastos e antagonista do efeito glicocorticoide

4)Silicone – Hidratação da pele

5) Ácido glicólico, ácido tricloroacético – Proliferação de fibroblastos e estimula a produção de colágeno pelos fibroblastos

6) Ácido ascórbico- Melhor produção de colágeno

7) Manteiga de cacau- hidratação

8) Óleos – azeite, óleo de amêndoa, óleo de coco, óleo biológico -Ação por massagem e hidratação cutânea

Principais Tratamentos Estéticos para Estrias buscam o aumento da produção de colágeno dérmico e atividade fibroblástica (para melhorar a resistência do tecido) a redução da vascularização da lesão, redução do enrugamento e aspereza da pele (para melhorar a textura), o aumento da pigmentação nos casos de estrias brancas, o aumento da elasticidade e da perfusão sanguínea, a melhoria na proliferação celular, o aumento da hidratação da pele e das propriedades antiinflamatórias.

Um estudo recente publicado na Revista Cientifica Medicine fez uma revisão sistemática sobre “Eficácia comparativa de diferentes terapias para o tratamento de estrias distensivas” e constatou que o melhor tratamento para estrias distensíveis é a associação de tretinoína a tratamentos de radiofrequencia multipolar, já, o laser fracionado comumente usado, pode ser considerado um candidato a tratamento alternativo

1) Radiofrequência

Os dispositivos de radiofrequência com microagulha fracionada e não ablativos têm sido usados ​​recentemente para endurecimento da pele com eficácia significativa e perfil de segurança. As corrente de radiofrequência entregam energia à derme e ao tecido subcutâneo sem causar danos à epiderme. Essa energia elétrica transmitida ao reagir com a impedância da pele é convertida para distribuir homogeneamente a energia térmica, que por sua vez leva à estimulação dos fibroblastos com contração e desnaturação da estrutura do colágeno fibrilar.

2) Lasers

São dispositivos baseados em energia de luz que fornecem energia de luz aumentando a produção de colágeno. Tanto os lasers ablativos quanto os não ablativos têm sido usados com sucesso variável no tratamento de estrias.

Outro tratamento padrão ouro para estrias é a terapia de microagulhamento ou terapia de indução percutânea de colágeno. Neste método minimamente invasivo, pequenas agulhas são usadas para criar microcanais que se estendem até a derme papilar. Essa inflamação induzida estimula a cicatrização de feridas dérmicas, aumentando a síntese de colágeno e elastina

O mais importante quando se fala em estrias é buscar ajuda médica o mais rápido possível pois quando as estrias são recentes e ainda apresentam um aspecto vermelho, podem ter resultados mais expressivos quando comparados as estrias brancas que são as mais antigas.

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