Uma breve reflexão sobre etarismo

Você deve ter acompanhado um caso recente que ganhou repercussão nacional, no qual três jovens de mais ou menos uns 20 anos tiraram sarro de uma colega de faculdade porque ela tem 40 anos e, segundo elas, com essa idade não pode mais estudar.

As jovens foram totalmente etaristas (quando se tem preconceito com idade) e desumanas com a mulher que, depois deu entrevista para diversos veículos falando que somente agora conseguiu ter dinheiro para poder estudar. Ela também disse que ficou muito chateada com a atitude, mas depois teve o coração inundado por amor e acolhimento de outros colegas de faculdade que a apoiaram e até deram presentes.

Sei que meu trabalho é resgatar a autoestima das pessoas, muitas vezes postergando sinais de envelhecimento, mas sempre de maneira natural. Você pode estar ótima dentro dos 50 anos, sem ter o rosto de uma pessoa de 20 (o que é impossível). Mas uma coisa que realmente não tem idade é a busca por conhecimento. Até porque as nossas necessidades e objetivos mudam.

Anos atrás, eu não tinha necessidade de aprender o que hoje aprendo num MBA de gestão iniciado aos 55 anos. Naquela época, eu não tinha uma clínica e nem a quantidade de funcionários que tenho hoje. Meu negócio também cresceu. Então, por que não estudar? 

Não adianta nada fazermos inúmeros procedimentos para parecermos mais jovens, sendo que por dentro temos a mentalidade ultrapassada e carregada de preconceitos. 

Existe até um ditado que diz “mente vazia, oficina do diabo”. Não devemos parar de aprender nunca e não digo cursar uma nova faculdade, mas aprender coisas simples. Que tal termos isso como meta para esse ano? Resgatar aquele livro que ficou guardado no fundo do armário, aprender a andar de bicicleta, fazer um curso de cerâmica, fotografia… enfim, coisas simples que despertam nossa mente, criatividade e nos divertem.

Trago essa reflexão para reforçar que você pode e deve estudar em qualquer momento da sua vida, isso sim é a verdadeira fonte da juventude. Palavra de dermatologista.