Janeiro Roxo: saiba mais sobre a campanha para conscientização e prevenção da hanseníase

Você sabia que a hanseníase é uma das enfermidades mais antigas da humanidade? Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento ao longo das últimas décadas, a doença ainda mantém uma presença marcante em nível global e representa um desafio significativo para a saúde pública em diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil.

Entre 2016 e 2020, foram registrados 155.359 novos casos no País. Os dados de 2020 do Ministério da Saúde revelaram que o Brasil diagnosticou 17.979 novos casos, representando 93,6% do total nas Américas. Essa estatística mantém o país classificado pela OMS como um local de alta incidência da doença, ocupando o segundo lugar no ranking global, atrás somente da Índia.

Por isso a conscientização e a prevenção são tão importantes para mudar esse cenário. Com a campanha Janeiro Roxo, do Ministério da Saúde, diversas atividades são realizadas para disseminar informações sobre a hanseníase, seus sintomas, formas de prevenção, diagnóstico e tratamento adequado.

“O objetivo é reduzir o estigma em torno da doença, promover o acesso aos serviços de saúde para diagnóstico e tratamento, além de incentivar a busca por ajuda médica ao menor sinal de sintomas relacionados à hanseníase. Quanto mais precoce o diagnóstico, menor o risco de transmissão da doença e menores as complicações e sequelas”, afirma a Dra. Simone Neri.

Sobre a hanseníase

A hanseníase é uma enfermidade crônica e contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta a pele e as células que dão suporte e proteção aos neurônios e sistema nervoso periférico.

A transmissão ocorre predominantemente pelas vias respiratórias, ou seja, pelo ar, quando estamos próximos de uma pessoa doente sem tratamento. As consequências incluem incapacidades físicas e deformidades que afetam a vida social e psicológica dos pacientes, gerando estigma e preconceito. Essa estigmatização tem raízes históricas antigas, não se limitando apenas às dificuldades físicas. “A campanha busca não só informar a população em geral, mas também sensibilizar profissionais de saúde, educadores e autoridades para que haja um diagnóstico mais rápido e eficaz, contribuindo para a redução da incidência e para a melhoria na qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição”, diz a Dra. Simone Neri.

Entre os principais sinais da doença estão:
• Uma ou mais manchas de cor variada: esbranquiçada, avermelhada ou acastanhada.
• Mancha com diminuição e/ou perda de sensibilidade, pele seca e queda de pelos.
• Dor, sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas.
• Nódulos (caroços) no corpo, avermelhados e dolorosos.
• Diminuição da força muscular das mãos, pés ou face.

Segundo a Dra. Simone Neri, o tratamento da hanseníase geralmente envolve o uso de antibióticos específicos para combater a infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A duração e o tipo de tratamento podem variar de acordo com a forma clínica da doença, sendo classificada em hanseníase paucibacilar (PB) e multibacilar (MB).

Quer saber mais? No Podcast SkinNews, programa semanal apresentado pela Dra. Simone Neri, tem episódio dedicado ao tema, com a presença do médico infectologista Dr. Djalma Neto (CRM 80031 / RQE 95494) como convidado.

Clique aqui e assista: https://www.youtube.com/watch?v=LIOlU-Pl7hk&list=PL01e04XFTbfmFbXaPtO2ftL5SydwOMoPp&index=10

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