Obesidade, uma nova abordagem
A Organização Mundial de Saúde afirma: a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30, segundo a ABESO ( Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica)
A obesidade é um grave problema de saúde pública e seu aumento tem sido associado ao crescimento do consumo de ultraprocessados em diversas regiões, incluindo a América Latina, segundo estudos recentes. Os guias alimentares são diretrizes oficiais para a promoção da alimentação saudável e podem servir como ferramentas para a prevenção da obesidade.
Por isso mesmo, é fundamental conhecer o valor dos alimentos e buscar uma alimentação equilibrada e baixa em alimentos processados.
Atualmente, vemos que além da obesidade ser uma doença crônica que leva a um risco aumentado de mortalidade e morbidade, o impacto da pandemia de COVID-19 pode criar um novo desafio à saúde. Há evidências claras mostrando que alguns fatores biológicos e sociais associados à obesidade envolvem um risco aumentado de infecção por COVID-19, hospitalização e maior gravidade em comparação com pessoas com peso normal.
Sem dúvida, a obesidade envolve um estado pró-inflamatório de baixo grau que produz uma desregulação do sistema imunológico que compromete sua capacidade de responder à infecção respiratória por COVID-19 e, portanto, produz um agravamento da doença.
Sabemos inclusive que a obesidade causa um processo inflamatório no organismo acelerando o envelhecimento celular.
Existem medicações modernas que podem auxiliar no combate ao peso, é claro, sempre associadas as demais medidas como reeducação alimentar, e prática de exercício físico diário.
Análogos do GLP1 são uma categoria de medicação que pertencem a classe das imcretinas, que são hormônios intestinais relacionados a sensação de saciedade. No organismo eles promovem um retardo no tempo de esvaziamento gástrico contribuindo assim para o processo de emagrecimento. Essa classe de medicações possui efeito em outros órgãos do corpo como por exemplo no pâncreas estimulando a liberação da insulina que é o hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no nosso sangue. Além do mais ele age nos receptores de outros órgãos sensibilizando para a ação da insulina, melhorando assim sua ação e dessa forma sendo usado para tratar diabetes.
O ozempic ainda não apresenta na sua bula uma indicação formal para trabalhos de emagrecimento porém já tem sido utilizado para tais fins de maneira “off label” por diversos profissionais da saúde ajudando assim milhares de pessoas a perder peso se mostrando um poderoso aliado no combate da obesidade, que tem sido apontada como o mal do século.
Por essa razão, eu convidei o médico Dr Ricardo Vescovi para batermos um papo sobre esse tema tão relevante nos dias atuais que é a melhora da qualidade de vida e aumento da saúde.