Vitamina D e exposição solar
Você sabia que a vitamina D é um hormônio que pode ajudar na prevenção da osteoporose e de várias outras doenças? E que a deficiência de vitamina D no Brasil é muito comum e afeta ambos os sexos, inclusive muitos adolescentes?
A Vitamina D é um pró-hormônio produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele. As duas principais formas são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol). No fígado, a vitamina D3 é transformada em 25 hidroxi- vitaminaD. Esta é a vitamina D medida pelos médicos nos exames de sangue. Porém, a forma ativa da vitamina D é o calcitriol, obtido a partir da transformação da 25 hidroxi nos rins. O calcitriol é um hormônio que facilita a absorção de cálcio pelo organismo.
Valores considerados adequados são acima de 30 ng/ml, conforme recomendação do Consenso da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, divulgado em agosto do ano passado.
Os alimentos que contêm vitamina D são: óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos. Mas somente a alimentação dificilmente será suficiente para manter um nível adequado de vitamina D no sangue.
A exposição solar com moderação em torno de 10 a 15 minutos por dia normalmente contribui para atingir níveis razoáveis. Mas atenção!!! Essa exposição deve ser cuidadosa. Deve ocorrer no início da manhã, antes das 10h ou no final da tarde, após as 16h, para evitar os efeitos nocivos dos raios ultravioletas, de preferencia em áreas não expostas cronicamente a luz solar, como palmas e plantas dos pés, costas e pernas.
Muitos estudos mostram que grande parte da população tem deficiência de vitamina D, o que aumenta a chance de desenvolver osteoporose e fraturas. A população de maior risco são mulheres acima de 55 anos, na pós–menopausa. Mas, homens e mulheres de diferentes idades também apresentam com frequência níveis baixos da vitamina D.
A deficiência da vitamina D pode ser silenciosa, ou seja, não produzir sintomas. Mas, pessoas com níveis muito baixos podem apresentar sintomas de fadiga, fraqueza muscular e até dor crônica.
Além de problemas ósseos, existem indícios de que a falta de vitamina D pode contribuir para o desenvolvimento de várias outras doenças:
Obesidade, Diabetes, Depressão, Alzheimer, Doença Cardiovascular, Câncer de mama, Câncer colorretal, Câncer de Próstata, Artrite reumatoide
O que você pode fazer para evitar a deficiência de vitamina D?
Além da exposição controlada ao sol e da alimentação, a suplementação com vitamina D pode ser uma boa alternativa, gerando normalização dos níveis de vitamina D em torno de 3 meses após o uso diário ou semanal de forma contínua. A dose correta de suplementação depende de sua idade, do nível de deficiência e dos fatores de risco presentes. Portanto, é fundamental, que você procure um médico e faça a dosagem do seu nível de vitamina d para fazer a suplementação sob supervisão médica.
Sabemos que a radiação solar é essencial à vida no planeta, e seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona.